Leonel Madeira Motta Mattos - Al
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Professora Marta!
Participei da Tertúlia no ano de
2006, quando estava no 2º ano do Ensino Médio.
Lembro-me bem do contexto em que
apareci em cena, pois eu seria o índio pai de Iracema. Em determinado momento,
teria ainda de declamar "o Canto do Piaga", de Gonçalves Dias. A
preparação para isso foi intensa: figurino, texto, postura da personagem...
Chegamos inclusive a visitar uma feira na PUC, em que havia uma exposição da
tribo Fulni_Ô, para que pudéssemos adquirir materiais, como cocares e chocalhos,
e também aperfeiçoar as atitudes de nossas personagens. Lembro, nesse dia, da
Professora Eva tentando convencer os índios a nos ensinarem algumas danças, e
conseguindo, naturalmente.
No dia da apresentação, por baixo
do saiote de índio, eu vestia uma sunga preta. Logo após a declamação, todos
que representavam índios entrariam em cena, e se realizaria a dança aprendida
com os Fulni_Ô, durante a qual eu deveria, por alguns (longos) instantes ficar
de costas para a plateia. Por um azar do destino, o saiote que eu vestia se
desfez justo na parte traseira, logo antes de a cena começar. Não precisaria
nem dizer que por muito tempo após a Tertúlia, ouvi os mesmos comentários sobre
minhas nádegas (ainda que de sunga) expostas para a plateia.
Em outra cena, participei como
figurante na declamação de "Noite na Taverna", de Álvares de Azevedo.
A correria nos bastidores foi imensa, pois tive de retirar toda a pintura que
havia em meu rosto por conta do "Piaga".
Sem dúvida foram momentos
inesquecíveis. A desenvoltura que nos foi exigida em cena, bem como a
preparação de cada um dos aspectos de quem representaríamos com toda certeza
deixaram em todos sua marca, intensamente. Estou, atualmente na AMAN. Encaminho
a foto da performance.
Forte Abraço!
Leonel Madeira Motta Mattos
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