Memórias da Tertúlia Romântica (1999-2008)

Memórias da Tertúlia Romântica

(1999-2008)

Este blog foi criado com o objetivo de resgatar a memória dos participantes da Tertúlia Romântica no CMPA nos anos entre 1999 e 2008. Refazer caminhos, narrar episódios e conhecimentos dessas vivências nos ajudará a descrever o que significou e ainda significa na vida de vocês, ex-alunos, essa prática interdisciplinar.

Caros ex-alunos e professores, este espaço é seu: publique aqui sua experiência nessa prática educativa, enviando comentários, vídeos, audios e fotos de sua participação.

Clique AQUI para abrir uma sugestão de roteiro para o seu depoimento.

30 junho, 2012

Rodrigo


Rodrigo Ruperti  Esteves - Aluno 8053233
Participei da Tertúlia Romântica no ano de 2003 no CMPA. Minha apresentação consistia em ser figurante, dancei valsa na cena do” Sarau na obra Senhora” (José de Alencar). Sempre gostei da arte em todos os aspectos e as melhores lembranças que guardo do colégio estão relacionadas a Hora da Arte e a própria Tertúlia.
Este evento retratando a cultura e os costumes do século XIX acabou por envolver a todos, facilitou meu aprendizado com as leituras dos clássicos da literatura e da história  e foi parte importante para nosso crescimento pessoal, intelectual e profissional.
Lembro que fiquei surpreso com o talento de alguns colegas que se destacaram na Tertúlia seja cantando, dançando ou interpretando, lembro também que fiquei nervoso a respeito da valsa em si, antes de começarem os ensaios eu pensava ter nascido com dois pés esquerdos  de tanto que me atrapalhava  mas ao final acabou saindo tudo certo.
Enfim, foi uma experiência única e definitivamente marcante em minha passagem pelo velho casarão.
Atualmente sou bancário e curso Administração

28 junho, 2012

Maria Cristina

Maria Cristina Ramos Pastor

Participei da primeira edição Tertúlia Romântica em 1999 no CMPA. A atividade foi um Sarau, uma grande iniciativa das professoras em unir a Literatura e a História do Brasil de maneira interdisciplinar.
Foi um dia cheio de apresentações e atividades diversas como teatro, poesia, música e culinária, degustação de quitutes que remetia ao século XIX, período o qual estávamos estudando.
Lembro de um fato muito engraçado que aconteceu na manhã daquele dia, ali no meio da apresentação, chegou um colega vestido de índio forte apache! Sim, era para ser um índio brasileiro e chegou um índio americano! A professora Eva chamou atenção da vestimenta dele e entre nós colegas, fez nos divertir e provocar muitas risadas! Aprendemos muito sobre a nossa cultura nesse dia, hábitos, costumes e tradição.
Me formei em Publicidade e Propaganda e hoje sou produtora de eventos.

24 junho, 2012

Lucas Piloti Menegon


Ex aluno 2052063 Lucas Piloti Menegon
No ano de 2007 tive a oportunidade de participar da Tertúlia Romântica do Colégio Militar de Porto Alegre. Naquela época eu estava cursando o segundo ano daquele estabelecimento de ensino e estava focando meus estudos para o concurso para a EsPCEx que prestaria no final do ano. No entanto, sempre gostei muito de interpretar e resolvi me envolver com a apresentação. Meu gosto pelo teatro acabou me colocando em muitas atividades durante a Tertúlia, participei da apresentação de valsa, fiz a leitura de um texto na parte final e, também o papel principal na peça “Judas em Sábado de Aleluia”.
Lembro bem de todos os ensaios durante os meses que precederam a apresentação, foi difícil conciliar todas as atividades, mas buscava me empenhar em tudo, no fim era cansativo mas muito divertido também, eram  atividades  integradas  de  História e  Literatura que nos tirava um pouco da rotina dos bancos escolares.
O que mais me marcou, com certeza, foi a peça “O Judas em sábado de Aleluia”, pois interpretei Faustino, um funcionário público que se mostrava apaixonado por um lado, mas mulherengo por outro e que se envolveu em alguns tramas para conseguir encontrar o amor. Faustino até de Judas se fantasiou para tentar salvar sua pele.
Estava ali de fronte a loja do barbeiro, esperando que teu pai saísse para poder ver-te, falar-te, adorar-te!” (Minha primeira fala durante a peça, se bem me lembro)
Esta peça foi o ponto alto da minha Tertúlia e nossa aceitação foi tão grande que conseguimos nos apresentar na Feira do Livro de Porto Alegre naquele mesmo ano e devido aquela apresentação também fui convidado para fazer uma peça em comemoração ao aniversário da AACV no final do ano.
A tertúlia do CM só me traz boas lembranças de bons e saudosos tempos de Colégio Militar. Foi um momento de muito trabalho, mas com certeza  muito proveitoso, pois nos ajudou a desenvolver nossa desenvoltura oral, a perder o medo do palco, nos trouxe confiança e aumentou ainda mais a união da nossa turma aquele ano.
Atualmente sou cadete do terceiro ano da Academia Militar das Agulhas Negras, da arma de Cavalaria, sou muito grato por tudo que aprendi no Colégio Militar e com a Tertúlia Romântica, só tenho boas lembranças das atividades, das brincadeiras e de todos os amigos que lá fiz e me acompanham até hoje.



Aluno Bruno Etchichury Neves

Aluno Bruno - número 3316
Meu grupo fez a prática da Tertúlia Romântica em 2000, com a professora Eva sendo nossa orientadora.
Tudo que é novidade motiva ao aluno e foi com este espírito revigorado que meu grupo encarou a atividade. O evento foi um sucesso pelos temas abordados e principalmente pelo envolvimento de meus colegas.
Meu grupo encenou a "Noite na Taberna". Recordo que montamos tudo, desde o figurino até o roteiro da encenação, também, todos os integrantes do grupo tinham um papel importante fazendo com que todos participassem e principalmente se inteirassem ao assunto.
Sinceramente  nunca fui um aluno adepto às leituras, lia somente porque tinha que ler ; mas o fato de você encarnar o personagem e vivenciar a história com os amigos foram primordiais para despertar o interesse pela leitura naquele momento.
Hoje, como professor, na mesma Instituição que me formei no 2º grau CMPA  procuro inovar a todo momento minhas aulas ,fazendo com que o aluno se interesse e participe com vontade das aulas práticas, exatamente o que aconteceu em 2000.
Aprendi na Tertúlia Romântica que se o professor conseguir motivar o aluno com atividades prazerosas e interessante  os resultados poderão  ser surpreendentes.

15 junho, 2012

Carolina Borques

Aluna Borques 3506, participação 2004.
A minha personagem na Tertúlia admito que não lembro o nome, mas o que ficou dela pra mim reflete muito o que Érico Veríssimo pensou no criá-la, ela não participa da história do continente ativamente e apenas tem o seu depoimento em algum dos muitos capítulos "Sobrado". Eu fazia um monólogo, em que eu era uma senhora de mais idade que tinha perdido muita gente na guerra.A cena era uma senhora conversando e mateando com um visitante, contando pra ele o que se perdeu na guerra, lembro que o tempo era contado com as folhas do pessegueiro que ja haviam caido 2 ou 3 vezes desde que havia começado a guerra. Foi algo bastante marcante ter que parar pra pensar como as mulheres gaúchas, como um todo, foram fortes, como foram capazes de perder seus homens em guerra e seguir a diante, como foram obrigadas a se tornarem matriarcas e dominar suas casas. Essa personagem me motivou de alguma forma a ter um orgulho de ser uma mulher gaúcha por ter na minha história mulheres fortes que superaram as piores coisas.
Lembro que extraclasse havia oficina de teatro, passei o texto muitas vezes até achar o tom certo de quem deveria ser minha senhora. O professor me fez lembrar que ela era uma mulher sozinha que perdera marido e filho na guerra. Foi infinitamente mais fácil perceber o quão triste e arrastada deveria ser a conversa, perceber o quanto ela gostaria de conversar com alguém por estar tanto tempo sozinha.
No dia da apresentação tava bem nervosa, eu, somente eu no palco, falando, sem um interlocutor que respondesse ou comentasse nada. Foi tenso, representar uma figura tão alegórica, como aquela senhora, que representava tão bem o que era ser uma mulher gaúcha durante a guerra.
A Tertúlia no meu ano homenagiou Erico Veríssimo, leitura obrigatória para o vestibular da UFRGS. A participação no evento me fez ter mais gosto de ler a história do meu estado, me fez ir além da leitura obrigatória, me fez querer saber como acontecia depois de O Continente. Foi a apresentação da personagem que se quer lembro o nome, que me fez ter vontade de não parar em um livro, mas apreciar todo O Tempo e o Vento.
Hoje faço Medicina na mesma universidade que me obrigou a ler O Continente, o ritmo de leituras não acadêmicas diminuiu, mas sempre vou levar comigo o gosto por histórias como as de Érico.

Grasiela do Nascimento Duarte

Grasiela do Nascimento Duarte, ex-aluna número 1679
O retrato de um grupo de mulheres simples que costuravam a bandeira nacional, feito por Pedro Bruno, para ilustrar a formação da pátria brasileira, foi o ponto de partida da Tertúlia Romântica do ano 2000. E o meu desafio foi, junto com as colegas Graciane Borba e Loren Pinto, interpretar uma dessas simpáticas idosas. A caracterização foi orientada passo a passo pelas professoras Eva e Helena, que fizeram essa mágica acontecer. Amparadas em um belo roteiro abrimos a montagem ao som da ópera O Guarani de Carlos Gomes contando a história de Ceci e Peri, personagens do romance O Guarani, de José de Alencar. E não pensem que foi fácil, tivemos que andar bem devagarzinho e ainda fazer uma voz mais cansada. A partir disso, as cortinas do palco do Salão Brasil se abriram para as cenas seguintes em que os demais colegas retrataram a relação conturbada de paixão da moça casta, de família honrada, e do índio que abandonou a sua tribo para servi-la.
Naquele ano, também subi ao palco para interpretar a poesia “Se eu morresse amanhã” de Álvares de Azevedo. O meu figurino foi o terno do meu irmão mais velho Péricles (ex-aluno 1678) e imaginem que colocamos um caixão cenográfico, claro, em pé no palco. E ao final dos versos “A dor no peito emudecera ao menos/ Se eu morresse amanhã!”, eu entrava no caixão e morria.
Na foto estou junto com todos os colegas daquele 2º ano. Gosto muito desta imagem porque demonstra que houve um claro envolvimento de todos, um verdadeiro trabalho em equipe. Apareço bem acima à direita de cabelo preso e camisa social, ao meu lado de fraque e gravata borboleta está o meu irmão Dartanhan do Nascimento Duarte (ex-aluno 1680), que eu tive a honra de ter como colega durante cinco dos seis anos em que estudamos no CMPA.
Com certeza, o estudo histórico para a representação atrelado as noções de interpretação foram especiais e me ajudam até hoje. Sou formada em jornalismo e trabalho como repórter da editoria de Rural do Jornal Correio do Povo. Os fatos históricos são o meu dia a dia e saber compor as histórias também.
Sou muito grata ao CMPA por todas as experiências artísticas, esportivas, educativas e sociais.



11 junho, 2012

Anelise Santos


Aluna ANELISE SANTOS, número 2029.
Minha experiência na Tertúlia Romântica aconteceu no ano de 2002, quando cursava o 2º do Ensino Médio.Me lembro como se fosse hoje quando a professora Eva começou a definir os papéis a serem interpretados no evento. Eu como sempre gostei de teatro fui uma das primeiras a me candidatar, sendo bastante pretensiosa ao pedir o principal papel de uma das esquetes, o da Lucíola do livro de mesmo título de José de Alencar.Foram várias semanas de preparação, com aulas de teatro com um especialista, além de estudar muito o texto para que saísse com naturalidade.Além disso, ainda houve bastante dificuldade para encontrar o figurino adequado. Mesmo com a ajuda da professora Isabel não conseguia achar um vestido de época nas medidas necessárias ou que fosse compatível com a vestimenta da época, até que surpreendentemente um vestido da minha mãe caiu como uma luva como caracterização da personagem.E assim chegou o grande dia. O nervosismo estava a flor da pele, porém ao entrar no palco e ver que tudo estava saindo conforme combinado me senti repleta de felicidade.O sentimento era um misto de orgulho por fazer parte dessa história representando umas das grandes obras da literatura brasileira, misturada com a alegria de colocar em prática um dos meus grandes hobbies, o teatro, o qual por falta de tempo não consegui levar a diante na vida.Atualmente sou publicitária e ao olhar para trás sinto muito orgulho por saber que todas essas experiência ajudaram a constituir meu caráter e também a ter perseverança e determinação em um mercado de trabalho tão tumultuado. Me sinto muito feliz em fazer parte dessa história e de poder reviver, mesmo que por um momento na lembrança, um período tão saudoso e bonito da minha vida. Muito obrigada Colégio Militar pela oportunidade e em especial aos professores que tornaram a Tertúlia Romântica um evento tão prestigiado e especial.

Sou a primeira garota da esquerda para direita.


09 junho, 2012

Douglas Maya Flores

Ex-aluno DOUGLAS Maya FLORES, número 4873744
Considero a Tertúlia Romântica do ano de 2007, da qual eu participei como aluno do 2o ano do EM, um dos eventos mais marcantes da minha passagem pelo Colégio Militar de Porto Alegre. Apareci na Tertúlia, denominada "Os Brasileirinhos", em duas partes: a primeira foi para cantar a música "Tertúlia", do grupo musical Os Serranos, juntamente com mais três colegas; a segunda aparição, que foi a mais marcante, foi como o escravo que tinha a missão de pintar a Igreja Nossa Senhora das Dores e que foi enforcado após uma injusta acusação de roubo. Usei uma roupa branca (que a professora Eva sujou de tinta preta momentos antes da apresentação), uma sandália de couro e umas correntes feitas de cartolina. Além disso, me deram um pequeno pincel para a cena, o qual gerou uma situação um tanto cômica, pois fiquei pintando duas enormes torres da igreja com o "pincelzinho". Brincadeiras a parte, de tanto que ensaiei, lembro-me até hoje da minha principal fala na cena:

"Morro porque sou um escravo, mas sou inocente e a prova disso é que as torres da Igreja da Nossa Senhora das Dores nunca serão terminadas!"

Ao ser convidado a prestar este depoimento, lembrei-me com carinho da professora Ione, da sobrinha dela que auxiliava nos ensaios, dos colegas que contracenaram comigo e dos momentos de ensaio que alternavam brincadeiras e foco na encenação. Teve um pessoal que dançou "maxixe" e tango, danças que eu gostaria de ter aprendido também. Foi uma experiência altamente proveitosa por três principais motivos: o primeiro foi conviver com companheiros de turma com os quais eu nunca havia conversado antes; o segundo foi aprimorar minha capacidade de expressão, uma vez que eu já havia me apresentado em público naquele ano. Foi no dia das mães interpretando o guarda municipal no "Y.M.C.A", música do Village People. Já o terceiro e último motivo é o contato diferenciado parte da matéria escolar, fato que motiva o discente a aprender a medida que desperta a sua curiosidade e o seu envolvimento com a cultura e com a arte.
Atualmente, sou cadete do 3o ano da Academia Militar das Agulhas Negras, da Arma de Artilharia e creio que a Tertúlia me ajudou a ser mais desinibido perante meus superiores e meus subordinados, além de aumentar minha capacidade de expressão e de agir diante de um público relativamente numeroso.






Diego R. C. Mroninski


Diego R. C. Mroninski, Aluno Mroninski - 3895 - Participei em 2001
Comecei participando como figurante, em que entraria mudo e sairia calado da cena, uma única cena e nada mais.
Porém, e sempre temos esses poréns na vida, em um dos primeiros ensaios, me senti chamado para "ser" o Capitão Rodrigo. Lembro que a Professora Eva não gostou muito da idéia pois eu era um aluno mais, digamos assim, extrovertido e ela tinha receio de que eu poderia estragar tudo! Depois de conversarmos e eu me comprometer a fazer o melhor possível, ela aceitou e re-começamos os ensaios!
Cada ensaio era mais divertido que o outro! 
No dia da apresentação lembro que estava frio e chovendo e as minhas roupas era um poucos frias... usava uma bota feita de couro, aquela em que um pedaço de couro era enrolado no pé/perna apenas, ficando os dedos e o calcanhar de fora... algumas falas até hoje me acompanham, como: "Buenas e me espalho! Nos pequenos dou de plancha, nos grandes dou de talho"!
Lembro das amizades que fiz, das pessoas de outras turmas que conheci! Ali, naquele palco, acabei de conhecendo um pouco mais, aprendendo a me soltar mais, a trabalhar a timidez junto ao público, o medo e a encarar os desafios! Depois disso, atuei como Petrúquio na peça A Megera Domada, uma peça de Shakespeare, em que a colega Alexandra Peccim era a Catarina, minha candidata a esposa!
Tenho excelentes recordações deste tempo, muitos aprendizados e muitas alegrias daquele dia!
Acredito que nunca tenha agradecido a confiança e o carinho da Professora Eva e da Prof. Helena. Professoras: Muito obrigado!!!
Aos colegas, é muito bom saber também que sou lembrado com carinho como o Capitão Rodrigo, personagem eterno na Cultura Gaúcha!
Atualmente sou publicitário.
Capitão Rodrigo em cena...

Camila S. Toledo Pereira

Aluna Camila
Meu personagem na Tertúlia Romântica do CMPA, acredito que no ano 2001, foi a musicista Chiquinha Gonzaga. 
Cantei "Lua Branca" a carater e sob orientação a Prof Eva!
Esse não era nem de longe o estilo de música que eu costumava cantar, mas bastou ouvi-la que me apaixonei!
Não lembro se cantei a capela ou com a acompanhamento mas a preparação me fez querer saber mais da compositora, da arte/música da época. e ao  pesquisar, descobri coisas que nem imaginava!
Me fez refletir a importância  da cultura e da música no  século  XIX..
Vejo hoje, como uma iniciativa de muito bom gosto dos responsáveis pela Tertúlia, e quanto o incentivo ao estudo dessa época nos enriqueceu.
Minha turma ficou com a responsabilidade de coreografar uma apresentação de Maxixe, que teria sido linda e super caracterizada se a Fita Cassete tivesse funcionado!
A graça da apresentação ficou com o pagode improvisado que o pessoal decidiu cantar e batucar para que a turma pudesse fazer sua coreografia sem a música gravada na maldita Fita!
Mas foi muito divertido! E tão marcante que lembramos disso até hoje!
A arte da época explorada pela temática da tertúlia me parece ser matéria marcante,para a construção do conhecimento no Ensino Médio,e por isso o contato me soa extremamente de bom gosto e importante que tenha sido apresentada dessa forma. 
Não imaginava quem era Chiquinha Gonzaga até então... Posteriormente, estudando música vi que eu já tinha me aproximado de uma construção artística importantíssima, que foi esta prática cultural.
Hoje, sou graduada em Comunicação e faço mestrado em Administração.

Ricardo Vargas

Aluno Vargas número 1641 Tertúlia 2001
Atuei na Tertúlia “Mauá o Imperador e o Rei”, lembro do rigor das professoras Eva de História e Isabel de literatura, quando  cobravam as leituras dos textos e adaptação para o teatro sobre   as realizações das obras do  Barão de Mauá no século XIX no Brasil. Além disso, organizávamos   os figurinos para o baile da corte, bem como ensaiávamos   os personagens da época : a figura de Mauá e sua esposa, representada pela colega Paula Rebeca. No baile formávamos oito casais onde dançamos uma  valsa. Minha parceira era a Mariana Morsch.
Foi uma grande recepção que o Barão de Mauá organizou para homenagear sua esposa e conceder-lhe o diadema de baronesa, pois o título de Barão Irineu Evangelista de Souza, já  havia recebido do Imperador. No palco do Salão Brasil, local do evento, os colegas representaram encontros com os diferentes elementos da sociedade da época, os políticos, os representantes do capitalismo inglês e, entre os convidados da corte  estava também, Joaquim Nabuco que encantou a plateia presente, pronunciando seu discurso abolicionista.
Na imprensa os folhetins com a obra “Senhora” de José de Alencar foi encenado por dois colegas, conjuntamente com o toque de um piano com uma música de Carlos Gomes. Houve também na festa, a dramatização do poema Navio Negreiro de Castro Alves declamado pela colega Peccin e, após as homenagens  à baronesa foi encerrado a cerimônia iniciando o baile. Momento este, muito ensaiado e aguardado por todos nós no salão Brasil! Estas representações nos transportavam para o século XIX uma época que para nós alunos era longínqua mas tão próxima ao vivenciar e curtir.

Atualmente sou 1º tenente da Cavalaria.