Memórias da Tertúlia Romântica (1999-2008)

Memórias da Tertúlia Romântica

(1999-2008)

Este blog foi criado com o objetivo de resgatar a memória dos participantes da Tertúlia Romântica no CMPA nos anos entre 1999 e 2008. Refazer caminhos, narrar episódios e conhecimentos dessas vivências nos ajudará a descrever o que significou e ainda significa na vida de vocês, ex-alunos, essa prática interdisciplinar.

Caros ex-alunos e professores, este espaço é seu: publique aqui sua experiência nessa prática educativa, enviando comentários, vídeos, audios e fotos de sua participação.

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09 junho, 2012

Douglas Maya Flores

Ex-aluno DOUGLAS Maya FLORES, número 4873744
Considero a Tertúlia Romântica do ano de 2007, da qual eu participei como aluno do 2o ano do EM, um dos eventos mais marcantes da minha passagem pelo Colégio Militar de Porto Alegre. Apareci na Tertúlia, denominada "Os Brasileirinhos", em duas partes: a primeira foi para cantar a música "Tertúlia", do grupo musical Os Serranos, juntamente com mais três colegas; a segunda aparição, que foi a mais marcante, foi como o escravo que tinha a missão de pintar a Igreja Nossa Senhora das Dores e que foi enforcado após uma injusta acusação de roubo. Usei uma roupa branca (que a professora Eva sujou de tinta preta momentos antes da apresentação), uma sandália de couro e umas correntes feitas de cartolina. Além disso, me deram um pequeno pincel para a cena, o qual gerou uma situação um tanto cômica, pois fiquei pintando duas enormes torres da igreja com o "pincelzinho". Brincadeiras a parte, de tanto que ensaiei, lembro-me até hoje da minha principal fala na cena:

"Morro porque sou um escravo, mas sou inocente e a prova disso é que as torres da Igreja da Nossa Senhora das Dores nunca serão terminadas!"

Ao ser convidado a prestar este depoimento, lembrei-me com carinho da professora Ione, da sobrinha dela que auxiliava nos ensaios, dos colegas que contracenaram comigo e dos momentos de ensaio que alternavam brincadeiras e foco na encenação. Teve um pessoal que dançou "maxixe" e tango, danças que eu gostaria de ter aprendido também. Foi uma experiência altamente proveitosa por três principais motivos: o primeiro foi conviver com companheiros de turma com os quais eu nunca havia conversado antes; o segundo foi aprimorar minha capacidade de expressão, uma vez que eu já havia me apresentado em público naquele ano. Foi no dia das mães interpretando o guarda municipal no "Y.M.C.A", música do Village People. Já o terceiro e último motivo é o contato diferenciado parte da matéria escolar, fato que motiva o discente a aprender a medida que desperta a sua curiosidade e o seu envolvimento com a cultura e com a arte.
Atualmente, sou cadete do 3o ano da Academia Militar das Agulhas Negras, da Arma de Artilharia e creio que a Tertúlia me ajudou a ser mais desinibido perante meus superiores e meus subordinados, além de aumentar minha capacidade de expressão e de agir diante de um público relativamente numeroso.






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