Memórias da Tertúlia Romântica (1999-2008)

Memórias da Tertúlia Romântica

(1999-2008)

Este blog foi criado com o objetivo de resgatar a memória dos participantes da Tertúlia Romântica no CMPA nos anos entre 1999 e 2008. Refazer caminhos, narrar episódios e conhecimentos dessas vivências nos ajudará a descrever o que significou e ainda significa na vida de vocês, ex-alunos, essa prática interdisciplinar.

Caros ex-alunos e professores, este espaço é seu: publique aqui sua experiência nessa prática educativa, enviando comentários, vídeos, audios e fotos de sua participação.

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15 junho, 2012

Grasiela do Nascimento Duarte

Grasiela do Nascimento Duarte, ex-aluna número 1679
O retrato de um grupo de mulheres simples que costuravam a bandeira nacional, feito por Pedro Bruno, para ilustrar a formação da pátria brasileira, foi o ponto de partida da Tertúlia Romântica do ano 2000. E o meu desafio foi, junto com as colegas Graciane Borba e Loren Pinto, interpretar uma dessas simpáticas idosas. A caracterização foi orientada passo a passo pelas professoras Eva e Helena, que fizeram essa mágica acontecer. Amparadas em um belo roteiro abrimos a montagem ao som da ópera O Guarani de Carlos Gomes contando a história de Ceci e Peri, personagens do romance O Guarani, de José de Alencar. E não pensem que foi fácil, tivemos que andar bem devagarzinho e ainda fazer uma voz mais cansada. A partir disso, as cortinas do palco do Salão Brasil se abriram para as cenas seguintes em que os demais colegas retrataram a relação conturbada de paixão da moça casta, de família honrada, e do índio que abandonou a sua tribo para servi-la.
Naquele ano, também subi ao palco para interpretar a poesia “Se eu morresse amanhã” de Álvares de Azevedo. O meu figurino foi o terno do meu irmão mais velho Péricles (ex-aluno 1678) e imaginem que colocamos um caixão cenográfico, claro, em pé no palco. E ao final dos versos “A dor no peito emudecera ao menos/ Se eu morresse amanhã!”, eu entrava no caixão e morria.
Na foto estou junto com todos os colegas daquele 2º ano. Gosto muito desta imagem porque demonstra que houve um claro envolvimento de todos, um verdadeiro trabalho em equipe. Apareço bem acima à direita de cabelo preso e camisa social, ao meu lado de fraque e gravata borboleta está o meu irmão Dartanhan do Nascimento Duarte (ex-aluno 1680), que eu tive a honra de ter como colega durante cinco dos seis anos em que estudamos no CMPA.
Com certeza, o estudo histórico para a representação atrelado as noções de interpretação foram especiais e me ajudam até hoje. Sou formada em jornalismo e trabalho como repórter da editoria de Rural do Jornal Correio do Povo. Os fatos históricos são o meu dia a dia e saber compor as histórias também.
Sou muito grata ao CMPA por todas as experiências artísticas, esportivas, educativas e sociais.



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