O
retrato de um grupo de mulheres simples que costuravam a bandeira nacional,
feito por Pedro Bruno, para ilustrar a formação da pátria brasileira, foi o
ponto de partida da Tertúlia Romântica do ano 2000. E o meu desafio foi, junto
com as colegas Graciane Borba e Loren Pinto, interpretar uma dessas simpáticas
idosas. A caracterização foi orientada passo a passo pelas professoras Eva e
Helena, que fizeram essa mágica acontecer. Amparadas em um belo roteiro abrimos
a montagem ao som da ópera O Guarani de Carlos Gomes contando a história de
Ceci e Peri, personagens do romance O Guarani, de José de Alencar. E não pensem
que foi fácil, tivemos que andar bem devagarzinho e ainda fazer uma voz mais
cansada. A partir disso, as cortinas do palco do Salão Brasil se abriram para
as cenas seguintes em que os demais colegas retrataram a relação conturbada de
paixão da moça casta, de família honrada, e do índio que abandonou a sua tribo
para servi-la.
Naquele
ano, também subi ao palco para interpretar a poesia “Se eu morresse amanhã” de
Álvares de Azevedo. O meu figurino foi o terno do meu irmão mais velho Péricles
(ex-aluno 1678) e imaginem que colocamos um caixão cenográfico, claro, em pé no
palco. E ao final dos versos “A dor no peito emudecera ao menos/ Se eu morresse
amanhã!”, eu entrava no caixão e morria.
Com
certeza, o estudo histórico para a representação atrelado as noções de
interpretação foram especiais e me ajudam até hoje. Sou formada em jornalismo e
trabalho como repórter da editoria de Rural do Jornal Correio do Povo. Os fatos
históricos são o meu dia a dia e saber compor as histórias também.
Sou
muito grata ao CMPA por todas as experiências artísticas, esportivas,
educativas e sociais.
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