Memórias da Tertúlia Romântica (1999-2008)

Memórias da Tertúlia Romântica

(1999-2008)

Este blog foi criado com o objetivo de resgatar a memória dos participantes da Tertúlia Romântica no CMPA nos anos entre 1999 e 2008. Refazer caminhos, narrar episódios e conhecimentos dessas vivências nos ajudará a descrever o que significou e ainda significa na vida de vocês, ex-alunos, essa prática interdisciplinar.

Caros ex-alunos e professores, este espaço é seu: publique aqui sua experiência nessa prática educativa, enviando comentários, vídeos, audios e fotos de sua participação.

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14 julho, 2012

Depoimento da Professora de História: Patrícia Rodrigues Augusto Carra


PATRÍCIA RODRIGUES AUGUSTO CARRA - Professora de História CMPA
Participei da Tertúlia do ano de 2004. Neste ano estivemos envolvidas eu, a professora Eva (idealizadora, criadora do projeto) e a professora Helena. Também tivemos a contribuição de uma professora de teatro (excelente), Miriam Benigna.
Era um projeto onde alunos e professores se envolviam ao máximo. Quando a Tertúlia era apresentada a gente nem acreditava que toda aquela construção que, por vezes, parecia confusa se encaixava e tudo era tão belo.
Alunos e alunas revelando talentos, demonstrando um pouco do muito que durante processo de escolha dos quadros, dos textos e dos figurinos; que durante ensaios e construção de cenários apareceu.
Quando uso o termo “confusa” não estou usando de forma pejorativa. Uso por falta de outra palavra para adjetivar o processo criativo, de trocas, de experimentações e descobertas que a um primeiro olhar parece barulhento e, por vezes, revela stress.
Quando digo que a apresentação revelava apenas uma parte de toda construção não exagero. A apresentação revelava apenas a ponta do iceberg. No palco não aparecia a turma da produção e do apoio. As cenas das inúmeras discussões sobre temas relacionados ao humano e do fazer em grupo. Também não eram retratados os momentos do ensinar e aprender entre pares, do espanto discente em se flagrar ensinando professoras e das surpresas reveladas nos talentos escondidos/ não sabidos de alunos e alunas.
A Tertúlia era algo que os estudantes curtiam, brigavam por terem de fazer, reclamavam, organizam-se para fazer o melhor, apresentavam soluções impensáveis e perfeitamente cabíveis, eram desafiados, criavam. Isso tudo junto e misturado.
Era também uma espécie de rito. Todo segundo ano tinha a sua Tertúlia e depois dela os assuntos que passavam a ocupar o mundo eram os concursos para as Forças Armadas e a preparação para o vestibular. A Tertúlia era a possibilidade da fantasia, do aprender em um movimento diferente do habitual e, talvez, por isso, tão revelador e tão aparentemente confuso.

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