SILVANA SCHULER PINEDA - Professora de História do CMPA
As minhas memórias sobre a
Tertúlia são repletas de emoção.
Emoções de todo o tipo: saudade,
alegria, ansiedade, esperança...
Lembro que assisti à primeira
Tertúlia com muita expectativa.
E desde então, em todas que
aconteceram, sempre me deslumbrou a maneira como nossos jovens estudantes se
revelavam de forma tão diversa naquela construção coletiva pedagógica.
Jovens aparentemente tímidos se
mostravam grandes dançarinos, declamadores, atores, poetas, artistas.
A Tertúlia guardava em si a
possibilidade de educação das sensibilidades, algo que deveria ser rotineiro na
experiência escolar.
Nos anos de 2007 e 2008, como
professora de História do segundo ano, participei da criação da Tertúlia, juntamente
com Eva e Ione.
Pude vivenciar a construção do
projeto, seu alcance e a forma como aquela proposta evidenciava os próprios
limites e contradições do projeto pedagógico da escola.
Nem todos os integrantes do CMPA
conseguiam entender a complexidade de uma proposta que se propunha coletiva,
sensível, que reorganizava as atividades de sala de aula a partir das
necessidades que se apresentavam diante da múltipla tarefa de estudar de forma
criativa os também múltiplos significados do século XIX.
Oficinas de dança, cultura
indígena e tantas outras oportunizavam aprofundar conhecimentos fundamentais,
mas pouco trabalhados na organização disciplinar dos saberes escolares.
Encantava-me, também, trazer ao
CMPA as famílias dos nossos estudantes para participarem de momentos como
aqueles.
Era um momento de aplaudir os
filhos, perceber neles outros talentos e a possibilidade de testemunhar seus
filhos criando beleza na e através da experiência escolar.
Experiência estética indelével
para nossos estudantes...
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